Inversão no Barril e na Cadeira
Muitos alunos adoram as posturas invertidas, seja pelo desafio que elas oferecem, por se sentirem bem na posição ou simplesmente por acharem divertidas. Contudo, o instrutor precisa ser criterioso ao passar esse tipo de exercício, pois são contraindicados a alguns grupos, como praticantes hipertensos, cardiopatas, com glaucoma e gestantes, por exemplo.
Já falamos sobre o que levou Joseph a usá-las em suas séries aqui. Ele mesmo só introduzia movimentos com inversão a partir de sua série intermediária, quando os pilateiros já conquistaram força no Power House e um bom controle sobre os seus corpos.
No exercício proposto há sustentação parcial do peso sobre os membros superiores trabalhando também a estabilização escapular além do Centro de Força e musculatura paravertebral. Tratam-se de uma porção do movimento usado no Grasshopper, no Barril, e do Swan Dive, na Cadeira, portanto podem servir como preparação para esses exercícios completos.
Posição inicial: no Barril o aluno fica de pé por fora do aparelho e de frente para a porção arredondada, debruça apoiando o abdômen sobre o topo dela, alcança os espaldares usando-os como degraus para descer até alcançar a base e ali permanecer com os cotovelos estendidos. O corpo apoia no estofado desde o abdômen até a parte proximal das coxas. As pernas ficam esticadas.
Na Cadeira o pilateiro deita em decúbito ventral, com a bacia sobre o assento e as mãos sobre o pedal. Aqui também os cotovelos e joelhos estão estendidos.
Movimento: no Barril o movimento acontece em maior amplitude na articulação coxofemural, enquanto que na Cadeira há um movimento do corpo todo fazendo uma inclinação por cima do assento, semelhante a uma gangorra. Quanto mais os membros inferiores sobem, maior é a contração do Power House e o crescimento axial, abrindo espaço dentro das articulações. Nesse momento aumenta também a carga sobre os membros superiores e é importante que as escápulas estejam alinhadas. No Barril os cotovelos permanecem estendidos, já na Cadeira, eles flexionam à medida em que a cabeça desce. Em ambos os casos, as pernas são elevadas sem que ocorra uma hiperlordose, sustenta-se nessa altura para executar uma abdução, depois a adução e então o retorno é feito com controle dos músculos, sem deixar que o peso desabe.
Pontos importantes:
Antes de executar estes exercícios, é importante que o pilateiro já tenha treinado outros exercícios de extensão de tronco e inversões mais simples.
Devido a essa descarga de peso sobre os membros superiores, não é indicado para praticantes com problemas na cervical ou, em alguns casos, nos ombros.
O instrutor precisa ter em mente o objetivo de aplicar o exercício certo para cada tipo de aluno e não passá-lo porque o aluno pediu.
Quando o seu instrutor de Pilates falar que você poderá ficar de pernas para o ar na aula, desconfie!
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