Dor e Movimento
A dor é entendida pelo cérebro como um alerta. Em resposta, ele envia comandos para mudar o comportamento do indivíduo e protegê-lo contra uma possível ameaça. Muitas vezes as mudanças são benéficas, reduzem a chance de piorar o problema e auxiliam na recuperação. Em outros casos, os ajustes feitos, que a princípio aliviam os sintomas, podem gerar mais problemas e mais dor em longo prazo virando um ciclo vicioso.
Na presença da dor o sistema nervoso se torna mais sensível e menos tolerante a estímulos, e quando ela se torna crônica, mínimas situações podem desencadear mais dor e limitações. Também ocorrem alterações no cérebro, onde acontecem mudanças nas conexões e na percepção da dor, o que torna o controle mais complicado e dificulta o desaparecimento dessa sensação. Por isso, crises podem surgir mesmo sem a presença de movimentos bruscos ou grandes esforços e o fator causador pode não ficar claro. Estudos mostram que essas mudanças negativas no cérebro estão intimamente ligadas a fatores psicológicos. Pessoas que se preocupam excessivamente com a dor e com suas possíveis consequências, que a supervalorizam, que limitam anormalmente seus movimentos e atividades, são mais propensas a criar essas alterações. A conduta ideal é conhecer seus limites, saber o que provoca e o que alivia a sua dor, não abusar de medicamentos, pois eles sozinhos não eliminam a causa, tentar se manter ativo e continuar fazendo as atividades normais, nem que seja necessário mudar a maneira de realizá-las (informe-se com seu fisioterapeuta sobre como se movimentar de forma mais segura) e ter uma postura mais otimista. O repouso absoluto faz com que os músculos e articulações fiquem mais frágeis e rígidos, portanto a adaptação ao limite de cada um é o melhor caminho. Lembre-se: O movimento é tão necessário para o nosso corpo que até dormindo nós nos movimentamos e isso acontece cerca de 70 vezes por noite. Para a dor não é diferente, por isso não se aprisione, mexa-se!
Hellen e Monique :)