Capsulite Adesiva
A Capsulite Adesiva ou Ombro Congelado é uma doença inflamatória da cápsula articular do ombro.
Ainda não se sabe sua causa, o que faz com que seja considerada uma doença autoimune, onde o organismo ataca o próprio corpo a fim de se defender da inflamação. No entanto, é possível associá-la com distúrbios hormonais como Diabetes e hipotireoidismo e outros fatores como hérnia de disco cervical, Parkinson e problemas psicológicos como a depressão. Acredita-se ainda que lesões na articulação como tendinites, rupturas e períodos de imobilização também podem evoluir para o desenvolvimento da doença.
O diagnóstico é clínico já que os por imagem são falhos para detectar o problema. É importante uma boa anamnese com testes ortopédicos e que a história do paciente seja colhida detalhadamente, visto que outras afecções de ombros, como artrose e síndrome do impacto, também causam limitações de movimentos.
Ela possui três estágios:
1 - Inflamatório: Início do processo inflamatório. O paciente começa a sentir uma dor aguda no ombro principalmente no movimento de abdução que vai piorando gradualmente tornando-se intensa e limitante. Esse processo pode levar alguns meses até que o individuo perca amplitude em todos os movimentos do ombro, daí vem o nome Ombro Congelado.
2 - Congelado: É a fase da rigidez na qual os movimentos do ombro estão muito limitados tornando complicadas tarefas simples como colocar o cinto de segurança, dirigir, prender o sutiã, atender o telefone ou cozinhar, por exemplo. Pode durar até um ano e meio.
3 - Descongelamento: Estágio em que os movimentos do ombro vão voltando gradualmente. Em alguns casos existe a melhora total, em outros o paciente fica com algumas limitações principalmente na abdução e flexão, onde para chegar a seu objetivo acaba compensando com a elevação do ombro e abdução da escápula. Esta é a fase em que a fisioterapia e o Pilates podem atuar para que a recuperação transcorra da melhor forma.
No primeiro estágio, quando o paciente tem movimentação dolorosa, o tratamento é feito na tentativa de melhorar a inflamação e manter a movimentação em graus não dolorosos. No segundo, o congelado, deve-se tomar cuidado, não devendo forçar a articulação pois isso pode aumentar o tempo de congelamento. Esta fase é melhor abordada pelo médico. No terceiro estágio é importante relaxar a musculatura em torno do ombro e cervical e reabilitar a articulação, com a preocupação de alinhar a escápula para ganhar lenta e gradualmente o arco de todos os movimentos e nisso o método Pilates pode ser de grande ajuda.
Uma pessoa com Capsulite sofre há muito tempo com dor e incapacidade de realizar suas tarefas diárias com desenvoltura, por isso, normalmente chega ao estúdio cansada, estressada, esgotada emocionalmente. Temos que levar isso também em consideração ao montar a aula e explicar que ainda levará tempo até que ela se veja livre do problema.
Pilates nos proporciona o restaurar dos movimentos e isso é um presente tanto para o aluno como para o instrutor.