Cross Over na Cadeira
O Cross Over é um exercício de nível intermediário da Série Clássica do Pilates na Cadeira Os objetivos são trabalhar o Power House, glúteos e parte externa e interna das coxas. Frequentemente é executado de maneira incorreta, podendo causar lesão no joelho que está em movimento ou sobrecarregando o membro inferior de apoio.
Posição inicial: em pé de lado para a Chair, pé de apoio (no caso do vídeo, o direito) próximo à base do aparelho. A perna de fora (esquerda) cruza pela frente da outra e o pé fica todo apoiado no pedal. A mão direita segura levemente na alça, enquanto a esquerda apóia no quadril para ajudar a manter o alinhamento.
Movimento: Descer o pedal até o final e subindo apenas até o ponto em que a bacia não rode e a sola do pé continue completamente virada para o solo.
Pontos importantes:
O membro inferior de apoio deve permanecer perpendicular ao chão. Alguns alunos descarregam a força sobre essa perna e tendem a deslocar a pélvis em direção ao aparelho.
Ambos os pés permanecem com as solas totalmente apoiadas, tanto no solo quanto no pedal. Desgrudar a do solo indica que está ocorrendo a compensação citada acima e desgrudar a do pedal significa que a amplitude da subida está exagerada e o joelho pode sofrer lesões.
Além de controlar para que não haja rotação na bacia, é preciso também evitar a anteversão. Peça para o pilateiro empurrar o ísquio do lado da perna em movimento para baixo e para trás e fazer o cóccix mirar para o chão.
Ativar a Base Pilates ajuda a manter a estabilidade e o alinhamento.
Caso o aluno segure a alça com força, é sinal de excesso de carga ou pouca ação do Centro de Força. Exagerar nas molas costuma levar a erros de execução, portanto não hesite em fazer uso de menos molas para melhorar a qualidade dos movimentos.
A volta do movimento jamais deve ser passiva pegando carona na tensão das molas. É preciso trabalhar a contração excêntrica da musculatura, manter a pressão do pé sobre o pedal fazendo força para frear a subida.
No Pilates não é necessário fazer cambalhotas e malabarismos para que o exercício deixe de ser do nível básico. Muitas vezes as manobras mais radicais não são vistas a olhos nus e ocorrem em amplitudes milimétricas nessa luta incansável para mantermos os alinhamentos.
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