Abdominal com Fortalecimento de Cadeia Posterior dos Membros Inferiores no Rolo
Mesmo os mais sagazes pilateiros não são capazes de detectar apenas com o olhar todo potencial de um exercício. Por isso é preciso experimentar no próprio corpo, sentir, em alguns casos trabalhar variações e então avaliar para quais alunos há indicação.
A proposta de hoje é um abdominal com mobilização torácica em flexão e extensão e o ingrediente surpresa é um bom fortalecimento de toda a cadeia posterior dos membros inferiores.
Posição Inicial: Deitado em decúbito dorsal com a região torácica baixa apoiada sobre o rolo. As mãos apóiam a nuca com o tórax em extensão. A pélvis permanece elevada na altura do acessório. Os joelhos estão flexionados e os pés em ponta.
Movimento: Flexionar o tronco e manter a cabeça no alto. Executar um movimento de baixar os calcanhares, subir novamente e então retornar o tronco até a torácica entrar novamente em leve extensão.
Pontos Importantes:
Manter a curvatura neutra da lombar. A tendência é que ela estenda, principalmente na volta do movimento, e para impedir que isso ocorra é necessário contrair o Power House, glúteos e ativar a Base Pilates.
Na descida do tronco o corpo tende a escorregar cranialmente sobre o acessório e glúteos, isquiotibiais e gastrocnêmio entram em ação para impedir que isso ocorra. A contração desses grupos musculares são potencializadas pela posição de flexão plantar. Caso o aluno não consiga impedir as compensações, pode fazer o exercício com a sola do pé toda apoiada no solo.
As mãos dão apoio leve e direcionamento para a cabeça e não geram o movimento. Um erro comum é usá-las para empurrar o queixo para o peito ou para o teto. Não há tensão no pescoço e a sua curvatura fica em harmonia com a torácica.
Há mistérios que nem Sherlock Holmes desvendaria, como qual artimanha o pilateiro usa para fazer exercícios difíceis parecerem simples, tudo sob a moldura falsa de uma face serena.
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